O combate à corrupção não é visto como a principal prioridade para os brasileiros, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Não Aceito Corrupção (Inac) divulgado nesta quinta-feira (25). Os temas mais relevantes no momento, segundo a pesquisa, são a saúde e a educação. Para 26% dos entrevistados, a saúde pública deve ser a prioridade para a busca de soluções. 23% acreditam que deve ser a educação, e 13% citaram o desemprego. Em quarto lugar, com 11% das menções, apareceu o combate à corrupção.
A pesquisa foi feita com 1.600 pessoas entre 10 e 16 de junho. A margem de erro do levantamento é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Dos entrevistados, 56% eram mulheres e 44% homens, com média de idade entre 25 a 40 anos (38%). A maioria, 60%, também respondeu que pertence à classe C, ou seja, a famílias com renda domiciliar média entre R$ 1.748,59 e R$ 3.085,48.
Já quando alguém está levando vantagem sobre os outros, os atos são rejeitadas. As ações mais problemáticas, segundo os entrevistados, são servidores públicos que recebem salário sem comparecer ao trabalho (93%) e falsificação de documentos para obteção de vantagens (93%).
Receber benefícios do governo, mesmo sabendo que não tem direito, é considerado muito reprovável por 88% dos entrevistados; usar produtos ou serviços piratas, como TV por assinatura por exemplo, é rejeitado por 74%; e não pedir nota fiscal para pagar menos por um serviço ou produto é reprovado por 72%. A maior parte dos entrevistados, 40%, respondeu que não sabe se o município em que mora tem algum tipo de controle interno para tratar casos de corrupção, como auditoria interna, ouvidoria ou corregedoria. Outros 31% disse que sabe que a cidade tem esses controles, mas que eles não funcionam. Apenas 26% disse que os canais existem na cidade e que funcionam.